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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Jennifer Lopez e o novo Fiat 500

A indústria criativa a cada ano que passa precisa elaborar estratégias mais interessantes para transformarem os seus produtos em algo rentável. É difícil encontrar algum filme blockbuster americano que não tenha ao menos um “merchan” misturado ao conteúdo.

Como esquecer Tom Hanks e sua bola Wilson em “O Naufrago” ? Eu garanto que a fabricante de material esportivo gastou alguns – milhões – de dólares para comprar este papel ímpar na historia do cinema.

Estratégias como esta são chamadas de product placement. O produto ou marca aparecem  em um contexto aceitável ao público, porém o restante do conteúdo não remete mais à marca.

E a mais recente empresa a abusar da estratégia foi a Fiat. Aproveitando que a mega estrela Jennifer Lopez lançou este ano a música “Papi”, com direito a um verso em italiano, a construtora não pensou duas vezes: Vamos bancar um clipe!

A mistura entre ícones da Itália e Porto Rico não ficou muito boa, mas o resultado foi excelente. As cenas mostrando a musa latina pilotando o novo Fiat 500 foram vistas por quase 30 milhões de usuários do YouTube.

A música é um horror e o carro tem o design bacana. Entretanto fica difícil prestar atenção em qualquer coisa quando Jennifer Lopez aparece.

Che Bella !!!






terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Revista Rolling Stone e U2 são muito mais do que música

Misturar música e política é uma arte dominada por poucos. Salvo algumas exceções, a maioria dos resultados não passa de uma poesia infantil cativante apenas para adolescentes com algum espírito “revolucionário”. E usar este tipo de conteúdo em uma peça publicitária, sem critérios e talento, é certeza de fracasso.

Ou quase.

A revista Rolling Stone, especializada em música e comportamento, acaba de completar 5 anos de veiculação no Brasil e decidiu usar a mídia impressa para divulgar sua nova campanha.

Usando o slogan “Música é muito mais do que música”, a missão era mostrar como a revista fala de entretenimento e política, mas sem esquecer suas raízes pop.

E o resultado não poderia ser mais brilhante. Utilizando a letra de “Sunday Bloody Sunday”, a peça representa um jornal com o conteúdo formado pela famosa música do U2 misturada com fotos do trágico evento.


Muitos já sabem, entretanto não custa lembrar que a letra foi inspirada no assassinato de 14 manifestantes no dia 30 de Janeiro de 1972, na Irlanda do Norte. O ataque foi realizado pelo exército britânico, que dissolveu uma manifestação pacífica a favor dos direitos civis e contra o governo da Irlanda do Norte.

Bono Vox e companhia assinam embaixo.



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Renner e sua campanha de Natal

Já começou a circular em todas as emissoras e na Internet a nova campanha da loja de departamentos Renner. É um spot de 30 segundos que usa a música “Que Tempo Bom”, lançada por Thaíde e DJ HUM, para divulgar as promoções de Natal.

Uma das grandes dificuldades na hora de elaborar esse tipo de mensagem para grandes varejistas é a falta de possibilidades de se construir algo muito criativo. O público-alvo – feminino – precisa de uma mensagem direta e sem muitos rodeios. É por este motivo que não existe muita diferença entre uma campanha de Natal feita hoje ou no começo da década.

O objetivo da Renner era claro: informar aos consumidores que a primeira parcela de suas compras feitas com o cartão da loja venceria somente 60 dias depois.

Burocrático? Muito.

Mas acho que eles conseguiram achar uma bela solução. Associaram o nome da música aos momentos felizes com a família e amigos, além de utilizarem belas modelos.



Feijão com arroz e mais nada. E estão absolutamente certos. O mercado sabe que em casos como este fazer o simples é o mais eficaz.

Quanto ao rap a minha opinião é bem direta. A música tem um bom balanço, entretanto a sua letra entra fácil no hall de piores coisas escritas na música brasileira. Clichês e mais clichês que felizmente já foram embora do hip hop nacional.


Fazer o simples no rap também pode ser a solução.