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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

The Beatles e o maior jingle do rock.

Após a morte de Michael Jackson o mundo se perguntava como o seu maior astro pop poderia estar passando por dificuldades financeiras em seus últimos dias. A carreira em decadência e as excentricidades da estrela americana fizeram um rombo em sua conta bancária, entretanto isso não era motivo de preocupação. Muitas pessoas não sabem, mas entre mansões e obras de artes raras, Michael Jackson guardava em seu patrimônio um dos bens mais valiosos da humanidade: os direitos das músicas dos Beatles.

Não vou entrar em detalhes de como ele conseguiu esta façanha, porém vale destacar que o “King of Pop” ganhava anualmente 40 milhões de euros com os direitos pelas músicas.

E se o mundo adora as músicas dos Beatles, a publicidade ama.

Gravada em 1969, a canção “Come Together” é considerada um dos clássicos do Fab Four. O que John Lennon nunca imaginou é que décadas após o lançamento a música seria usada em dezenas de comerciais pelo mundo. E como seria.

O refrão simples “Come together/ right now / over me (Chegue mais perto, agora mesmo, comigo)” caia como uma luva em praticamente qualquer segmento. Não importa se a empresa vende sapatos, computadores ou apartamentos, o seu objetivo com os clientes é sempre o mesmo: chegue mais perto.

E se a companhia fornece serviços de comunicação, não havia outra saída. Ou era “Come Together” ou era “Come Together”. O início inconfundível e a mensagem dizendo para ser livre (One thing I can tell you is you got to be free) era a senha para conectar produto e audiência sem intermediários.

A última empresa a usar esta estratégia foi a Nextel. O benefício central de seu produto parece se casar perfeitamente com a mensagem da música. Um clássico do rock que se transformou em um jingle poderoso e sem competidores. Quase um trunfo!


Uma das campanhas mais criativas foi feita pela Telenor, da Suécia, que reproduziu a canção utilizando apenas o toque dos celulares. Mas no final, claro, abusou do refrão em alto e bom som.


E no comercial da Nortel a letra não foi cantada e sim falada, como em um discurso. Entretanto a regra é clara e o final não poderia fugir ao clichê. E tome refrão.


Abaixo seguem mais alguns exemplos e a música original completa para você se divertir.